Transferência Urgente: Líder do PCC deixa Brasília rumo a presídio em SP

Marcos Roberto de Almeida, 55 anos, conhecido como Tuta, apontado como um dos principais líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), será transferido da Penitenciária Federal de Brasília para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, em São Paulo. A decisão ocorre após o fim do período de custódia excepcional, autorizada por 90 dias, no sistema federal.

Tuta foi recapturado na Bolívia em 16 de maio deste ano, onde vivia sob identidade falsa e era procurado pela Interpol. Ele foi preso em Santa Cruz de la Sierra, enquanto tentava renovar seu visto com um documento falsificado em nome de Maycon Gonçalves da Silva.

Segundo o portal UOL, a transferência foi autorizada pelo juiz Hélio Narvaez, do Departamento Estadual de Execuções Criminais (Deecrim-1). A solicitação partiu da Diretoria de Cooperação Internacional (DCI) da Polícia Federal, que havia solicitado a internação de Tuta no sistema penitenciário federal após sua prisão.

SAP e MP-SP favoráveis à remoção

Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo (SAP) e o Ministério Público Estadual (MP-SP) deram parecer favorável à remoção de Tuta para o sistema prisional paulista. Em ofício enviado ao Deecrim-1 no dia 10 de junho, a SAP declarou não haver elementos concretos que justifiquem sua permanência na prisão federal. No dia seguinte, o MP reforçou que aguarda sua transferência para uma unidade de segurança máxima estadual, como a P2 de Presidente Venceslau, adequada ao perfil do detento.

Antes disso, a internação na penitenciária federal de Brasília foi autorizada pelo juiz Francisco Codevila, da 15ª Vara Federal. Nessa unidade também estão outros chefes do PCC, como Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o principal líder da facção.

Defesa pede revogação de custódia federal

No dia 16 de junho, os advogados de Tuta, Roberto Tardelli e Aline de Carvalho Giacon, protocolaram um pedido no Deecrim-1 solicitando a revogação da medida cautelar de inclusão no sistema federal e a imediata transferência do preso para uma unidade da SAP.

Segundo as investigações, Tuta contava com apoio de policiais bolivianos durante sua estadia na Bolívia. Entre eles, o major Gabriel Soliz Heredia, chefe da Força Especial de Combate à Violência (FELCV), que foi filmado abraçando o narcotraficante e acabou sendo preso por envolvimento com o PCC.

As imagens de câmeras de segurança também mostram Tuta se encontrando com outros indivíduos, reforçando a suspeita de que ele operava com apoio de uma rede local de proteção policial.

Condenação e rede do PCC na Bolívia

Condenado a 12 anos de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro e associação criminosa, Tuta figurava na lista de difusão vermelha da Interpol. Segundo informações das forças de segurança brasileiras, outros líderes do PCC também vivem em Santa Cruz de la Sierra, onde residem em condomínios de luxo e são protegidos por policiais corruptos.

Entre os nomes apontados como membros ativos da facção que atuam na Bolívia estão:

  • Pedro Luiz da Silva Soares, o Chacal, padrinho de Tuta;

  • Patrick Uelinton Salomão, o Forjado;

  • Décio Gouveia Luiz, o Décio Português;

  • Sérgio Luís de Freitas Filho, o Mijão;

  • André Oliveira Macedo, o André do Rap;

  • Sílvio Luiz Ferreira, o Cebola.

A transferência de Tuta para o sistema estadual paulista reforça a tentativa das autoridades brasileiras de manter o controle sobre os principais líderes da maior facção criminosa do país, evitando que operem de dentro das prisões federais.

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